Ucrânia. Detidos dois funcionários de segurança que planeavam assassinar Zelensky

por RTP
Thomas Peter - Reuters

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) anunciou, esta terça-feira, que deteve dois agentes de segurança ucranianos pelo alegado envolvimento numa conspiração russa para matar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), os dois homens eram coronéis do serviço da guarda estatal da Ucrânia. Foram recrutados pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) e vazaram informações confidenciais para Moscovo.

“Uma das tarefas da rede de serviços secretos do FSB era procurar, entre os militares próximos da proteção do presidente, aqueles que o poderiam tomar como refém e, posteriormente, assassiná-lo”, explica o relatório do SBU.

Para além do presidente Zelensky, a SBU afirma que os alvos da Rússia incluíam também o chefe do Serviço de Segurança, Vasily Maliuk, e o chefe dos serviços secretos do Ministério da Defesa, Kirilo Budanov, que deveria ser morto antes da Páscoa ortodoxa, este ano celebrada a 31 de março.

Segundo o SBU, o assassinato de Zelensky seria um “presente” para Vladimir Putin, que esta terça-feira tomou posse para um quinto mandato como presidente da Rússia.

“O ataque terrorista, que deveria ser um presente para Putin antes da tomada de posse, foi de facto um fracasso dos serviços especiais russos. Mas não devemos esquecer que o inimigo é forte e experiente e não pode ser subestimado", avisou o chefe do SBU, Vasili Maliuk.


A Ucrânia tem denunciado várias tentativas de assassinato contra o presidente Zelensky, altos funcionários e familiares desde que a Rússia iniciou a invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022. No outono passado, o líder ucraniano disse que os seus serviços tinham frustrado pelo menos cinco conspirações russas para o assassinar.

O caso mais recente ocorreu em abril último, quando um homem suspeito de estar envolvido num plano russo para matar o presidente ucraniano foi detido na Polónia.

A Rússia tem também sido repetidamente acusada de envenenar adversários do Kremlin no país e no estrangeiro, mas nega reiteradamente as acusações.

c/agências
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